"Um rotundo não" à agilização dos despedimentos por justa causa

A União Geral dos Trabalhadores reage de forma negativa à proposta do Governo para simplificar os despedimentos por justa causa. Mário Mourão considera que, em vez de resolver a precariedade e os baixos salários, o Executivo está preocupado em facilitar os despedimentos de quem produz no país.

Antena 1 /

Foto: Thomas Dumortier - Unsplash

O sindicalista fala de um retrocesso, lembrando que não será surpresa nenhuma que os jovens queiram emigar.

O Jornal de Negócios escreve esta terça-feira que o Ministério do Trabalho pretende acabar com a obrigatoriedade de as empresas de apresentarem provas nestes processos. Outra das propostas é dispensar a audição de testemunhas a pedido dos trabalhadores.

O advogado Eduardo Castro Marques, especialista em Direito do Trabalho, não tem dúvidas: os trabalhadores vão ficar mais desprotegidos se estas alterações à lei laboral se concretizarem.
O advogado recorda que, em 2009, uma alteração semelhante foi chumbada pelo Tribunal Constitucional, mas sublinha que tudo vai depender da forma como o Governo redigir a nova lei.
O Executivo de Luís Montenegro está em vantagem, até porque já conhece os fundamentos do Tribunal Constitucional.
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